Neste ano, o grupo adulto da quadrilha escolheu o tema “Será o Benedito?” para a apresentação. Claudio compartilha que a ideia surgiu da necessidade de dar visibilidade à história de Benedito Meia-Légua, uma figura menos conhecida na luta contra a escravidão no Brasil.

“Sempre que se fala em escravidão, mencionamos Zumbi dos Palmares, mas pouca gente conhece Benedito Meia-Légua. Achei que ele também merece mais reconhecimento e espaço na nossa cultura,” diz Cláudio, ressaltando que a expressão popular ‘Será o Benedito?’ também será explorada, trazendo uma grande história de luta, apesar do final triste com a morte de Benedito sem ver a liberdade pela qual tanto batalhou.

A preparação para o festejo não tem sido fácil, mas a dedicação dos integrantes é notável. A quadrilha mirim, que entrou em cena pela primeira vez no ano passado, volta com 32 brincantes e um tema focado nas tradições da fogueira de São João. “Ano passado foi difícil por falta de apoio, mas este ano estamos com figurinos novos para fazer uma boa apresentação”, comenta Claudio.

Lucas Luz, de 29 anos, é um dos noivos da Junina Luar do Sertão, que vive a emoção de participar pela primeira vez. “É a primeira vez que danço em uma Junina e já de destaque. Dançava na escola há uns 12 anos, então estou começando de novo. Vim dançar por causa da minha esposa, que também está dançando pela primeira vez”, relata Lucas, destacando que a ansiedade é grande, mas a vontade de fazer o melhor é ainda maior. “Estamos nos últimos acertos nos ensaios e vamos com tudo,” diz ele.

Brenda Santos, de 24 anos, também noiva da quadrilha, compartilha a empolgação e os desafios do tema escolhido. “Adorei o tema deste ano. É um tema difícil, pois aborda muitas questões, principalmente a escravidão. Mas é importante e, como noivos, representamos o amor e a união, excluindo a diferença entre as cores,” afirma Brenda.