Novo Ensino Médio: particularidades amazônicas são debatidas com alunos e professores da rede estadual

Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Professores, gestores e estudantes de Presidente Figueiredo (distante 117 quilômetros de Manaus) foram o público-alvo da primeira ação presencial de formação, nesta segunda-feira (24/06), do ‘(Re) Conhecendo as Particularidades Amazônicas’, tema de uma trilha de Unidades Curriculares de Aprofundamento (UCAs) já existentes no Novo Ensino Médio (NEM) da rede estadual.

Até a próxima quarta-feira (26/06), as atividades continuam com oficinas e formações, organizadas a partir da parceria entre a Secretaria de Estado de Educação Desporto Escolar e o Instituto Iungo.

Com o objetivo de aprofundar aprendizagens em duas ou mais áreas do conhecimento, as UCAs integram os Itinerários Formativos do NEM. Em 2024, a rede estadual de ensino conta com 50 UCAs disponíveis na grade curricular, e a trilha “(Re) Conhecendo as Particularidades Amazônicas” compõe este número.

Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Desde março, professores de todo o Amazonas têm aprimorado os conhecimentos sobre o tema, a partir de formação com profissionais do Instituto Iungo, que seguem até julho. No segundo semestre, as UCAs desta trilha vão alcançar alunos da 3ª série do Ensino Médio em todo o estado.

“Atualmente, temos mais de 270 professores cursistas que estão realizando os encontros formativos para aprimorarem seus conhecimentos nesta trilha de UCAs. Nesta segunda-feira (24/06), levamos os formadores do Instituto Iungo para dentro das escolas, e continuaremos no processo de qualificação deste tema tão relevante para nossa realidade amazônica”, ressaltou a coordenadora do Centro de Formação Padre José de Anchieta (Cepan) Digital, Silvana Barreto, que intermedia as formações do Instituto Iungo.

Neste primeiro momento, alunos e professores da Escola Estadual Maria Calderaro e do Centro de Educação em Tempo Integral (Ceti) Maria Eva, em Presidente Figueiredo, participaram do encontro com os formadores do Instituto Iungo e apresentaram as opiniões e sugestões sobre a trilha ‘ ‘(Re) Conhecendo as Particularidades Amazônicas’. A ação segue em Manaus, com a oficina ‘Professor-autor em Ação’ e outras atividades formativas. Professores cursistas, profissionais do Cepan e assessores técnicos das Coordenadorias Distritais de Educação (CDEs) são o público-alvo do momento.

Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Instituto Iungo

Parceiro da Secretaria de Educação desde 2020, o Instituto Iungo atua na formação de professores e gestores escolares, e na construção de material didático e pedagógico para apoiar os educadores. Desde 2021, seis cursos já foram ofertados para professores da rede estadual pelo Instituto Iungo, com intermédio do Cepan Digital.

“Hoje foi um dia de observações. Pudemos perceber como os materiais que produzimos lá no Instituto estão chegando na ponta. Nosso material tem o objetivo de mostrar as amazônias para todo o Brasil, e é essencial ouvir quem está aqui”, destacou Juliana Leonel, formadora do Instituto Iungo.

Foto: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Construções inclusivas

Aluna da EE Maria Calderaro, Yuberliz Lezama, 17, foi uma das contribuintes nas discussões sobre as UCAs, que retratam vivências amazônicas. Venezuelana, a aluna contou que ficou feliz de contribuir com o debate.

“Sou de outro país, mas hoje construo minha vida aqui e me senti ouvida. Somos o futuro do Brasil e pudemos dar nossa opinião sobre essas matérias que farão parte da nossa construção não só de estudantes, mas de cidadãos”, enfatizou a aluna.

Já no Ceti Maria Eva, a professora Edivânia Lopes, que ministra UCAs na escola, contou que o aprimoramento da “(Re) Conhecendo as Particularidades Amazônicas” é essencial para os alunos da região norte.

“Esta trilha de UCAs é muito importante, porque muitas vezes os povos amazônidas sequer se dão conta da pluralidade cultural. Fiquei feliz em poder contribuir com opiniões sobre os materiais didáticos. Quanto mais próximo da nossa realidade, mais os estudantes estudam com prazer”, compartilhou a professora.