A alimentação escolar é um componente essencial no processo de ensino-aprendizagem. O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), vem investindo em um cardápio cada vez mais saudável, com ingredientes de qualidade comprovada e aprovados pelo paladar dos paraenses. Entre esses produtos estão o açaí e o cupuaçu, frutas da Amazônia inseridas na merenda dos alunos da rede pública estadual neste segundo semestre de 2024.
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Brigadeiro Fontenelle, localizada no bairro da Terra Firme, em Belém, nesta terça-feira (3) fez a alegria dos alunos na hora da merenda ao servidor o fruto já denominado "ouro roxo da Amazônia".
Segundo Rossieli Soares, “é um investimento em vários aspectos, até porque o açaí tem muito consumo aqui no Estado, e é uma felicidade muito grande para a gente, depois de muito tempo, ter de volta - nem sabemos o registro da última vez que se teve o açaí como merenda nas escolas -, e trazer outros alimentos regionais. Trazer o açaí é simbólico, mas trazer carne, verdura, tudo o que é de qualidade para a alimentação, é fundamental. A gente reorganizou toda a alimentação no Estado. Além da distribuição centralizada e parceria com as prefeituras, nós descentralizados recursos para a complementação, e isso é muito importante. O Programa Dinheiro na Escola Paraense (Prodep) permite que a própria escola, se eventualmente tem um item que precisa enriquecer um pouco mais, que ainda não conseguiu chegar, a escola tem autorização para comprar, complementar esse item na merenda”, enfatizou o secretário.
Para o estudante do 2º ano do Ensino Médio, Lucas Abreu, ter o açaí na merenda escolar faz toda a diferença, e ainda aumenta a vontade de estudar. “Eu acho que é um incentivo, tanto para mim quanto para os outros alunos, até porque é uma comida da culinária paraense, e quem é paraense raiz come só com açaí. Eu vejo como algo muito bom para a gente que vem para a escola. Aqui temos comida boa, de qualidade”, contou Lucas.
A quantidade de açaí que chega às escolas é calculada tendo como base o número de estudantes da unidade de ensino e a frequência com que será consumido, por isso varia de acordo com o local.
A transferência considera um valor per capita. Antes, era de R$ 0,36 centavos por estudante, e passou para R$ 1,50. Esse é o maior crescimento do repasse na história do Pará, superando inclusive o valor destinado pelo Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), atualmente fixado em R$ 0,50 para os ensinos Fundamental e Médio.
Texto: Fernanda Cavalcante - Ascom/Seduc