Mesmo diante dos avanços sociais, alguns tabus ainda são frequentes entre homens de todas as idades e classes sociais. Para esclarecer dúvidas e levar informações precisas e técnicas sobre a saúde masculina, uma ação educativa foi realizada nesta quinta-feira (7), no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém. Mesmo no leito, os pacientes conversaram com os profissionais sobre prevenção, diagnóstico e tratamentos para doenças que acometem os homens na atualidade, além dos acessos aos serviços na rede pública.
A ação educativa foi realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e consta do calendário das atividades da Campanha Novembro Azul, que desde 2015 aborda a saúde integral do homem, e não se restringe aos alertas sobre os cânceres de próstata e pênis. Os pacientes receberam orientações sobre hábitos e práticas para manter a saúde
hábitos saudáveis- A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) prevê debates e orientações sobre hábitos saudáveis, alimentação nutritiva, prática de exercícios físicos, eliminação do tabagismo, controle do consumo de álcool, visita regular aos serviços de saúde, uso de preservativos nas relações sexuais e cuidados e atenção no trânsito.
“E importante essa roda de conversa com os usuários para falar da saúde masculina de modo geral. Existem várias formas de se cuidar. Uma delas é a alimentação saudável. Evitar alimentos processados, que se forem consumidos por muito tempo podem trazer uma gama de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, doenças renais, e, inclusive, o câncer”, destacou Andrei Porpino, técnico da Coordenação de Saúde do Homem da Sespa.
O profissional também orientou sobre práticas para uma vida saudável. “Temos de administrar o estresse, podendo até procurar um profissional de saúde. Também é importante a prática de atividades físicas ao longo da semana, pelo menos 25 minutos diários, e não ficar sedentário por mais de 48 horas. Também 150 minutos de atividades físicas moderadas já são um bom caminho”, disse Andrei Porpino.
Os exames de rotina e as vacinas também devem ser feitos pelos homens com frequência, além da visita ao médico. “Essas orientações são para todas as idades. Até pelo fato que a maior incidência de câncer de próstata é a partir dos 60 anos de idade”, acrescentou o técnico.
Informação e reflexão- O paciente Reinado Maciel, 50 anos, ouviu atentamente as orientações. “Hoje em dia as pessoas não nos repassam corretamente tudo sobre a saúde dos homens. E na conversa de hoje tudo foi muito explicado, detalhado. Isso é muito bom para a gente aprender a tomar cuidados”, disse o agricultor, que está fazendo tratamento no braço, após uma queda no município de Concórdia do Pará, nordeste paraense.
Há dois meses hospitalizado no Galileu, após um acidente doméstico, o aposentado Apolinário França, 66 anos, também aprendeu bastante sobre os cuidados diários com a saúde. “A palestra foi maravilhosa. Ela nos faz refletir para ficarmos atentos para as enfermidades que nos atingem por falta de informações de profissionais qualificados”, afirmou.
Campanha- A iniciativa reforça o compromisso do Hospital Galileu em promover informações sobre saúde e prevenir doenças, destacando a importância da participação ativa da comunidade na busca por uma vida saudável.
“A maior parte do público do Galileu é de homens que são vítimas de acidentes de trânsito. E o 'Novembro Azul' esclarece sobre a totalidade dos cuidados que esses homens devem tomar para evitar problemas com a saúde. E estamos abordando, ainda, o cuidado necessário ao guiar um veículo, seja ele qual for. O não uso de bebidas alcoólicas para quem for dirigir, além dos cuidados preventivos para manter a saúde em dia, como o não uso de cigarros”, ressaltou Anny Segovia, coordenadora de Humanização do HPEG.
Serviço:O Hospital Público Estadual Galileu é administrado pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e fica na Rodovia Mário Covas. A unidade dispõe de 104 leitos de internação.
Texto: Roberta Paraense - Ascom/HPEG
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